Ministério de Música nas Igrejas
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quarta-feira, 17 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
sábado, 22 de junho de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
MÚSICOS OU LEVITAS ?
Pr. Elildes Fonseca
O assunto pode até ser batido entre nós,
mas a verdade é que vez por outra é ouvida a expressão levita em relação aos
músicos nas igrejas, especialmente àqueles que participam da “equipe de
louvor”. É correto chamar os músicos das igrejas de levitas?
1. Quem
são os levitas?
A Bíblia nos informa sobre a importância da música no culto. No tempo de Davi e Salomão, o ministério da música era uma
parte integrante do culto hebraico. Os músicos vinham da tribo levítica e eram
obreiros de tempo integral, separados para o trabalho do culto.“Dos trinta e oito mil
levitas, quatro mil foram separados para servir ao Senhor, com os instrumentos
musicais feitos por Davi”.
Em 1Crônicas encontramos os deveres dos
diferentes levitas e, entre eles, os músicos. Quenanias, chefe dos levitas, foi
citado como encarregado dos cânticos (1Crônicas 15.22). Os levitas eram pessoas
separadas para ministrar a vida
espiritual de Israel. Eles tinham também
a responsabilidade de cuidado e manutenção do Templo. O levita era isento de
alguns compromissos: “vos notificamos que não é permitido cobrar impostos, tributos
ou taxas de nenhum dos sacerdotes, levitas, cantores, porteiros, servidores do
templo e de outros que trabalham nesse templo” (Esdras 7.24).
A questão fundamental é que nos tempos
do Antigo Testamento, todo músico era
levita, mas nem todo levita era músico. Levi,
terceiro filho de Jacó e Lia
(Gênesis 19.34), e sua tribo foram eleitos
por Deus para cuidar das questões que envolviam o culto em Israel. Moisés e
Arão eram da tribo de Levi (Êxodo 2.1, 4.14, 6.16-27).
Esta tribo foi separada das demais, sendo
incumbida de conduzir os sacrifícios, de desmanchar, transportar e erguer o
tabernáculo no tempo de peregrinação.
Os levitas tinham um ministério auxiliar
aos sacerdotes. O serviço dos levitas começava quando atingiam a idade de vinte
e cinco anos, indo até os cinquenta (Números 8.24-26). Posteriormente, quando
Davi estabeleceu um local fixo para a arca da aliança, a idade foi baixada para
vinte anos.O sustento dos levitas vinha do dízimo do povo. Eles não possuíam herança
na terra; nenhuma porção da Terra Prometida lhes coube (Números 18.23). Por
outro lado, os israelitas tinham grandes responsabilidades com
os filhos de Levi (Deuteronômio 12.12, 18-19;
14.28-29).
2. Temos
levitas hoje?
Com essa interrogação latejando em minha
mente, pesquisei algumas opiniões sobre o assunto. É sempre difícil a tendenciosa
tarefa de selecionar uma ou outra dentre tantas opiniões, mas, por questões de tempo,
espaço e concordância, fiquei com duas, como seguem:José Barbosa Júnior foi tão
enfático e preciso que o citarei na
íntegra: “Como tirados de folhas amareladas
pelo tempo, eles surgem para atrapalhar a já atrapalhada igreja evangélica de
nossos dias. São os “levitas”, os grandes homens
e mulheres que ministram louvor em
várias igrejas pelo país. Um pouquinho só de conhecimento bíblico já nos faz
ver que por trás disso tudo há um grande equívoco.
Um movimento re-judaizante, com fortes
tendências neo-pentecostais traz em seu bojo figuras como essa, tema de nosso
breve comentário. (...) Quem se diz levita, não sabe o que está dizendo. Creio
que o desejo de ser levita surge, antes de qualquer
coisa, de uma vontade de possuir títulos
nobres, o que é bem comum em nosso meio. Apóstolos, bispas, bispos, que assim
se autodenominam são comuns em nossos arraiais. Gente que carece de
profundidade bíblica e de seriedade no modo de encarar
a verdade revelada. Gente que fica buscando
no Antigo Testamento coisas que já foram abolidas há muito tempo, há pelo menos
2.000 anos”.
A segunda opinião vem de Josaías Júnior,
que publicou um interessante artigo com o título “7 razões para não chamar
músicos de ‘levitas’” .
Citarei algumas razões, comentando-as:
1. Nem todos os levitas eram músicos. Já
falamos sobre isso no tópico anterior. A Bíblia fala de levitas que cuidavam da
música, mas também fala de outras atividades levíticas envolvendo o ambiente de
culto, como os sacrifícios e tarefas administrativas
e operacionais (limpeza e organização do
espaço, por exemplo).
2. O chamado levítico originalmente
envolvia toda a humanidade. O chamado para a
adoração e o cuidado do “templo” é para
todos, dado aos nossos primeiros pais, assim como o casamento, a família, o
trabalho e o descanso.
3. O levita tinha um papel de mediador,
assumido por Cristo. Os levitas, como ungidos
do Senhor, tinham o papel de mediar a
aliança entre Deus e o povo de Israel. Esse papel hoje é perfeitamente cumprido
por Jesus, nosso supremo Pastor e sumo sacerdote.
4. Chamar os músicos de hoje de levitas
cria uma divisão entre crentes “levitas” e “não
levitas”. Essa razão é mais prática que
teológica. Essa divisão entre os “ministros de louvor” e a congregação não é
saudável e traz problemas no entendimento
da verdadeira espiritualidade. Sabemos
que aqueles que vão à frente para ministrar devem ter um cuidado todo especial
com as suas vidas, mas isso não faz deles
“supercrentes”, não os coloca numa
condição superior aos demais. Todos somos aceitos por Deus, todos o louvamos,
não só um determinado grupo no culto.
As opiniões que acabamos de conhecer são
valiosas, mas cada um de nós deve entender a razão pela qual não é correto
associar os músicos de hoje aos levitas do Antigo Testamento. É mais do que uma
questão de nomenclatura, e não deve
ser assimilada sem pensar ou por autoritarismo.
É necessário entender que o ministério levítico é muito mais abrangente do que
o ministério da música.
3. Poderíamos
ter levitas hoje?
Seria justo ressuscitar a figura do
levita do Antigo Testamento assumindo somente os bônus da função. Há coisas
mais leves no ministério levítico, mas há aquelas bem mais pesadas.Devemos
lembrar que os levitas eram escolhidos, consagrados e separados para o trabalho
em tempo integral, ou seja, dedicação exclusiva, e recebiam por isso. Mas,
poderia ser que hoje o sustento do levita ficasse aquém do mercado de trabalho.
Um levita atual teria de estar disposto
a limpar o templo, abrir e fechar, esperando que a última pessoa se retire, com
paciência e amor, repetidas vezes. Caberia ao levita a zeladoria da igreja. Não
sei se seria muito bom misturar as coisas. Penso que não seria
produtivo o trabalho do músico acumulando
tantas outras responsabilidades.
Por outro lado, voltar ao sistema levítico
afetaria drasticamente o voluntariado na igreja. Formaríamos equipes de levitas
para todas as áreas, em tempo integral e com seus sustentos, e os que quisessem
servir voluntariamente naquelas áreas
ficariam no “banco de reservas”.Na
verdade, a questão é complexa. Há muitos outros
argumentos, até mesmo os favoráveis.
Posso estar errado, mas tomo a coragem
de afirmar que um retorno ao ministério levítico hoje, além dos problemas bíblico-teológicos,
é uma questão de vaidade, nada além de vaidade. Um cristão que deseja trabalhar
para o Senhor não precisa
se rebaixar a uma questão de nomenclatura.
Para
pensar e agir
Seria ideal se pudéssemos dar condições
para que todos os músicos da igreja atuassem em tempo integral, cuidando do
culto, diariamente. Mas essa realidade está distante da maioria absoluta de
nossas igrejas. Os recursos não são suficientes para tamanha
estrutura.Mas, embora não recebendo dinheiro,
é importante que cada pessoa dê o seu melhor no exercício do ministério
cristão, nas suas múltiplas áreas.
Vale
a pena a reflexão: estamos exercendo
os nossos dons e ministérios da melhor forma possível, ou estamos “empurrando
com a barriga”? Que nota daríamos para o
nosso compromisso com Deus e a sua igreja?
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
ESQUEMA PARA UM ENSAIO CORAL
1.
RELAXAMENTO
Exercícios
de relaxamento corporal para se evitar tensão (desnecessária) ao cantar, não
prejudicando a emissão vocal.
2.
AQUECIMENTO
Exercícios
de aquecimento vocal (vocalizes) e corporal para a melhor execução das músicas.
3.
RESPIRAÇÃO
Exercícios
de respiração para a aquisição de uma boa postura e o desenvolvimento de uma
respiração correta, principalmente ao cantar.
4.
RESSONÂNCIA/APOIO VOCAL
Exercícios
de ressonância para melhorar a projeção do som.
5.
AFINAÇÃO
Exercícios
para trabalhar o ouvido musical dos coristas visando cada vez uma melhor
afinação coral.
6.
PERCEPÇÃO RÍTMICA
Exercícios
de leitura rítmica, visando um crescimento na habilidade de ler os ritmos das
músicas a serem trabalhadas.
7.
NOÇÕES DE TEORIA MUSICAL
Pouco
a pouco passar noções básicas da teoria musical, visando uma melhor leitura da
partitura das músicas trabalhadas.
8.
REPERTÓRIO
Trabalho
das músicas a serem apresentadas. Ensino das vozes (soprano,contralto, tenor,
baixo, etc.) e trabalho de expressão, dinâmica e fraseado musical, etc.
OBS: Estas atividades devem ser distribuídas esquematicamente
em cada ensaio. A única que deve estar presente em todos os ensaios é o
trabalho do repertório.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
terça-feira, 11 de setembro de 2012
A Importância do Canto Congregacional
Há uma ideia generalizada de que
o importante num culto é o sermão, ou os cânticos corais, execução
instrumental, solistas. A congregação apenas “assiste” ao desenrolar do “programa”.
Algumas dessas participações são designadas até como “especiais”. Devemos lembrar-nos
que o culto é prestado pela congregação, pelo “corpo de Cristo”, portanto, ela
é ativa e não passiva. Num teatro, a
plateia “assiste” ao espetáculo; na igreja de Cristo, num culto, os “atores”
são a congregação que, mesmo participando das orações, das leituras bíblicas, é
no canto que a sua atuação é mais abrangente, porque é o momento quando todos
podem expressar seus sentimentos de forma bem pessoal e ao mesmo tempo unânime.
Costumamos dizer que é a forma mais autêntica do louvor coletivo porque:
ü
Todos cantam a mesma mensagem e melodia, havendo
unidade de pensamento;
ü
A voz é um dom de Deus (no sentido de dádiva),
pois nascemos com ela, faz parte de nosso arsenal biológico e nada nos custa;
ü
Não é exigida uma formação musical acadêmica;
ü
Nivela as pessoas: ricos e pobres, cultos e
incultos, raças diferentes, “desafinados”, “monótonos”. Até aqueles que são
dotados de um talento especial vocal igualam-se ao demais.
O louvor coletivo é:
·
Um privilégio que se transforma em satisfação
espiritual;
·
Um meio de edificação individual e crescimento
espiritual;
·
Um meio também de evangelização e, publicamente,
para testemunharmos de nossa fé.
O louvor tem um valor didático:
aprender-se, principalmente se a letra do hino tem conteúdo bíblico e
teológico.
O grande musicólogo Mário de Andrade disse: “A
voz põe a gente em comunhão direta com Deus”.
O Canto Congregacional não é:
·
Momento de distração ou de “descanso”, nem “tapa-buraco”,
“enquanto o pregador não chega”;
·
Um meio de levar a congregação ao êxtase
somente; de manifestações emocionais indisciplinadas;
·
Uma ocasião de demonstração de expressões
corporais rítmicas e que facilmente podem levar a um desvio do centro de todo
louvor, que é Deus.
Infelizmente, em muitos casos, o
canto congregacional tem sido usado na adoração de maneira distorcida e
imprópria, e o diabo se aproveita disso para “enganar até os escolhidos”.
Autor: Eudora Pitrowsky Salles
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